julho 01, 2012

(conseguir respirar)

Hoje foi o ponto alto destas últimas semanas. E se disser que este ponto alto foi um simples parque infantil, então é fácil perceber que a vida não tem sido fácil. O melhor do dia de hoje foi o silêncio apenas interrompido pelo vento, as nuvens em passo apressado, os aviões a levantar ali ao lado, poder também baloiçar sem vergonha, um bebé a correr desenfreado pela vizinhança fora. Não precisei de carro, de tempo nem de dinheiro para esta paz d'alma. E ainda conseguimos chegar a casa a tempo de cozinhar coisas doces.

As coisas são assim. Nós escolhemos como queremos viver, comprometemo-nos aqui e ali e, se queremos levar muitos planos até ao fim, precisamos ser firmes e aguentar essas escolhas. Fomos nós que nos colocámos neste papel de gente sem tempo para nada, gente que se cansa bastante mas por uma boa causa. Nestas duas semanas, sofri na pele as consequências deste período que parece ainda mais longo do que quando começámos. Pensei muitas vezes em dormir, em deitar-me, imaginei-me num quarto de hotel completamente insonorizado. Fui uma pessoa amarga e faltou-me a paciência mais vezes do que gostaria de admitir mas, ao mesmo tempo que reconheço os meus erros, encho o peito de ar e prometo ser uma pessoa melhor nesta recta final. A vida é muito curta para tudo o que gostávamos de fazer mas é ainda mais curta para ser desperdiçada com angústia e impaciência.

2 comentários:

Helena Barreta disse...

Ora nem mais, temos mesmo é que valorizar o que de bom temos e seguir caminho.

Bem bonito esse parque infantil. Continuação de bons momentos de descanso e que o Vicente brinque e se divirta muito. Boa semana.

Katy disse...

keep calm and carry on.. tem sido o meu lema desde que aqui cheguei

Beijinhos e força!

Catarina
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