outubro 18, 2010

Manter-me calma (e continuar...)

Que fim de semana... Já tinha falado da semana horrível, desta vez aconteceu o fim de semana horripilante. Levámos o Vicente a casa para conhecer o resto da família e alguns amigos, especialmente porque as bisavós são velhinhas e tinham alguma pressa de o conhecer.

O que é que isto significou? A primeira grande viagem do bebé que, depois de dormir o caminho todo, espertou como se não houvesse amanhã e decidiu que não ia dormir - nem ele nem mais ninguém; uma alcofa que ele odiou e onde se sentia desamparado; o terror e a impotência das noites sem dormir; a casa completamente cheia de gente a toda a hora, querendo beijar o bebé, pegar no bebé, abraçar o bebé; a primeira conjuntivite dele e, consequentemente, a primeira visita ao hospital depois do nosso coração partido à visão daquele olhinho inflamado.

É evidente que foi muito bom que os nossos amigos e família pudessem conhecer o Vicente, levando presentes e, acima de tudo, uma grande generosidade. Não podia sentir mais orgulho dele do que ter toda a gente a comentar como ele é giro e perfeitinho e como parecia um anjo enquanto dormia. Mas, ao mesmo tempo, o stress de ter gente a entrar e a sair de casa, ver o bebé a passar de braços em braços, o barulho constante, os conselhos forçados que toda a gente acha que eu devia pôr em prática e, finalmente, a primeira visita às urgências não facilitaram as coisas. Percebi já há algum tempo como fico triste por ter o Vicente a crescer longe das nossas famílias, só podendo regressar de tempos a tempos. Dói-me muito que não tenham a possibilidade de o ver crescer in loco em vez das fotografias que se enviam semanalmente mas as circunstâncias (leia-se a falta de emprego e de perspectivas) não permitem que as coisas sejam de outra maneira.

Isto é só mais um work in progress e um dos difíceis. Baixar os braços? Não. Vamos deixar só o bebé crescer e depois, já dizia o outro, logo se vê.

5 comentários:

Helena Barreta disse...

É mais do que normal o comportamento do Vicente. Certamente o ambiente que ele conhece é bem mais calmo do que o vivido no fim-de-semana.

Não tarda nada nada e essas viagens vão ser muito mais relaxantes e calmas, para condizer com a tão desejada paz alentejana e o retorno a casa.

As melhoras.

Um beijinho

indigente andrajoso disse...

ao principio é sempre assim... vai melhorar...

um truque: os bebés têm um mecanismo de defesa que quando há demasiada informação à sua volta, desligam...

a laura em situações dessas adormecia nos braços...

:D

os olhos, todos os dias limpar muito bem (sem ser demasiado) no movimento e direcção certa

Lua disse...

Não tenho filhos por isso só te posso desejar boa sorte e nada de conselhos! Que corra tudo pelo melhor, mas parece-me (pelas tuas palavras) que te estás a sair muito, muito bem :)

|b| disse...

ui e se eu me lembro desses dias! durou até começarmos a não aceitar visitas. A certa altura acabou!

CRISTINA disse...

também eu passei pelo mesmo...
a família longe e as visitas que apareciam cá em casa em catadupa.
olhando para trás mudava muita coisa. até sinto arrepios desses dias. aprendi uma coisa com o pediatra do meu filhote : conselhos vais ouvir às centenas, diz sempre que sim e depois faz à tua maneira! infelizmente fiquei apenas com saudades do meu pequenino Manuel, o resto foi um fardo pesado às minhas costas...