janeiro 16, 2010

(500) days of Summer


Tom: I love how she makes me feel, like anything's possible, or like life is worth it.

Se eu tivesse visto este há filmes há um ano atrás, teria certamente sido uma noite daquelas: acabaria de ver o filme e, depois de lamentar estar sozinha, enfiava-me debaixo dos cobertores e ficava indecisa entre chorar ou ser mais forte que isso. Mas a verdade é que este filme está cheio destas verdades e desencantos de que também é feito o amor. A reciprocidade é uma cabra e às vezes penso nas probabilidades de encontrarmos uma pessoa que queira exactamente o mesmo que nós, também exactamente no mesmo espaço de tempo. E bem, se não fosse eu ter sido agraciada com essa possibilidade, é de loucos. Mas eu acredito em tudo que vi neste filme: as noites psicóticas sem certezas, as indefinições dos primeiros tempos, a vontade de abraçarmos uma pessoa controlada pelo nosso medo de nos magoarmos. E acredito na música e em sítios especiais, em alinhamentos de planetas, nos defeitos que se adoram, no apesar de tudo. E até pode ser coisa de filme mas quem é que nos disse que uma tarde chuvosa não estamos no Vertigo a ler o resto dum McCarthy qualquer e não passa pela montra a pessoa da nossa vida? Acreditar é a única coisa que nos mantém vivos. Até que ela finalmente chega e acaba-se a ansiedade toda. Toda.

3 comentários:

Lebasiana disse...

não conheço esse sentimento... nem imagino nessa situação, mas imagino que deve doer... detesto incertezas...

força! e acredita sempre!!! ;)

jocas

Catarina disse...

eu acho que a ansiedade não acaba nunca. Vai mudando com o tempo e as estações, mas não acaba, apenas se transforma.
É que de outra forma nem faria sentido, nem valia a pena

M disse...

Vi este filme algures durante Dezembro...na verdade pensei em enviar este filme ao meu ex...o meu nome é Summer...gostaria que ele encontra-se a sua Atumn...