outubro 26, 2008

As minhas noites * são mais belas que os meus dias iv

Jantamos os três onde só deviam sentar-se dois mas já sabemos organizar o nosso espaço assim. Procuramos a cerveja no mesmo sítio de sempre porque é ali que nos habituámos a estar, encostados àquela porta, sempre à espera que passe mais uma cara conhecida. Deixam-me levá-los a um sítio onde, prometo, não somos esmagados pela metade de Lisboa que enche estas ruas ao fim de semana. Sossegados, vamos à vez buscar a cerveja e voltamos ao nosso posto de vigia. A luz é de um amarelo doentio e a conversa resvala quase sempre para a palhaçada. Pela primeira vez, cedemos os três e admitimos o nosso sono quase em uníssono. Mesmo com uma hora a mais, por hoje já chega.

* as minhas e as dos outros que vão a casamentos finíssimos que começam às quatro da tarde num cenário de sonho e que têm que beber os maravilhoso cocktails que são servidos enquanto conversam com pessoas interessantíssimas. As nossas vidas são horríveis :)

2 comentários:

K. disse...

Casamentos finíssimos, cocktails, amigos e conhecidos de anos de ausências e silêncios... tudo isso trocaria por uma simples cerveja bebida nos degraus dessa viela, para poder ouvir esse riso e seguir esse olhar, sob a luz difusa da noite e o rumor da música que paira no ar como sonhos.

cosmonauta disse...

As nossas vidas não são nada horríveis!! ;)